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terça-feira, 15 de novembro de 2022

Circuncidar


Tenho de tomar a decisão sobre ser ou não circuncidado. Suponho que o maior entrave à minha tomada de decisão seja o hábito, que se traduz numa esperança tonta de que o prepúcio e o meu lindo (é o melhor adjetivo para o descrever) pénis voltem à sua perfeição original... 

No meio disto, dei por mim a pensar num episódio do Sexo e a Cidade, aquela série que se voltarmos a ver depois de crescidos (aqui refiro-me à idade e não ao crescimento peniano) percebemos o quão má é. A Carrie Bradshaw é só a pior personagem de sempre, dá vontade de abanar (novamente, a personagem, não ao pénis...). E antes que venham os defensores e defensoras dos oprimidos que gostam de contrariar tudo, não retiro o mérito que a série teve, cumpriu o seu papel na sua altura e ainda bem que existiu (um dia destes prometo rever pela terceira vez).  

Mas estou a desviar-me do assunto, não, o episódio que me ocorreu não é aquele em que a Charlotte sai com um homem e o convence a circuncidar-se (se pensarmos bem isto é que é problemático, não é o ela ser deixada por ele após o procedimento cirúrgico - como o episódio quer dar a entender...). O episódio em questão é aquele em que a Carrie vai conversando com uma das suas amigas, não me lembro de qual, confesso, penso que seria a Samantha ou a Miranda, e faz ver que uma mulher que decida não casar, ou não ter filhos, tirando os aniversários (e toda a gente tem aniversários), não é celebrada pelas suas escolhas. 

Ora, isto foi um saltinho para pensar que eu deveria ser celebrado pelas minhas escolhas e, tendo em conta que não quero casar, nem ter filhos, se calhar fazia um "chá de prepúcio"... 

Pronto! Era só para partilhar isto (tinha de o fazer com alguém), criem lá as imagens mentais que quiserem acerca deste assunto. 


sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Ser gay é...

 Um desejar constante entre querer que o cabelo não caia e que o pêlo (escrevo à antiga) não cresça. 


FYI, estou a perder essa batalha (ambas). 


É aceitar que dói menos...


Sou antigo, está provado. 

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Conselhos do Ti'Ricardo

Quando têm um encontro daqueles com alguém (e por "encontro daqueles com alguém" refiro-me a um encontro sexual) e, simpaticamente, até deixam o outro ser tomar um duche na vossa casa, antes de ele se fazer ao caminho dele: não lhe emprestem a vossa toalha húmida para a criatura se secar. Dêem-lhe(s) antes uma toalha seca e fofinha. É mais simpático e fica bem. 

A vossa mãe (ou alguém) certamente vos ensinou que temos de tratar bem as visitas...

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Hoje faço anos

Posso confirmar-vos que com o aproximar da velhice e consequentemente da morte, perdemos mesmo o sono e passamos a dormir menos. Prova disso foi a insónia que tive esta noite que só me deixou dormir 4horas.
Isso e o meu vizinho deve ter feito uma orgia. Eram 5h30 da manhã e chovem “praí” uns seis novos perfis, no grindr, mais ou menos à mesma distância... 
Eu cá não sou de intrigas, mas...

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

O coming out perfeito

Vão por mim e acreditem quando escrevo que a perfeição é altamente subjectiva e, consequentemente, pessoal e intransmissível. 
No outro dia lembrei-me de como seria o meu coming out perfeito. Não há receitas milagrosas e portanto terão de pensar no vosso - podem partilhar num comentário, se quiserem, ou fazer um post no vosso blog. 
Quando nascemos, eu e o meu irmão mais velho, a minha mãe tinha ideias muito bem definidas do que queria para cada um de nós quando crescêssemos. Enquanto que para o meu irmão desejou, o agora clichê: “Gostava que fosse médico”. A mim calhou-me algo mais particular na rifa: “Gostava que fosse padre”. 
Assim sendo, a conversa sobre o meu coming out começaria com um:
“ - Mãe, lembras-te de desejar que eu nunca tivesse sexo com mulheres? (...)” 

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

O número - o desafio

Ontem, em conversa com o inefável começámos a contar as pilas que já nos passaram pelas mãos. Eu confesso que até fiquei corado com o meu número e tenho medo de haver ainda alguma que me esteja a escapar.
Achei piada ao exercício porque, apesar de pensar, por razões óbvias, que não se deve ter uma contagem ou fazer listas com as pessoas com quem já dormimos (com a quantidade de pessoas com quem já DORMI essa contagem já está perdida), a verdade é que, muitas ou poucas, o primeiro número que dizemos não vai estar certo (tá, se for só um...), há sempre uma (ou mais outra) que nos escapa. E quanto maior for o número das quais automaticamente nos lembramos maior também será o número daquelas que nos esquecemos. A não ser que tenham uma listagem atrás da cama ou vivam a vossa vida em função do número de pessoas a quem já tocaram no berimbau para algum divertimento...
Não, não vou revelar o meu número ou pedir que revelem o vosso, isso não importa nada ou quer dizer o que quer que seja. Mas, se estiverem sem nada para fazer (ou sem vontade de escrever a tese), pensem nisso e tentem lá acertar no número: quantas pilas já vos passaram pelas mãos? E depois pensem seriamente a ver se o número se mantém. 


P. S.: se se lembrarem do primeiro e ultimo nome de toda a gente, sem ir ao facebook, ganham um prémio. 

segunda-feira, 20 de abril de 2015

A definição do amor

Acho que encontrei a definição do amor (e reparem que é "do amor" e não "de amor"). 
"É sabido que à paixão falta discernimento"*. Será então o amor paixão acompanhada de discernimento?


Jacques Rancière, Os Intervalos do Cinema, Orfeu Negro

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Pergunta do Ti'Ricardo - Especial, Dia dos Namorados

Afinal, o que é o Amor?
Nah! Até parece que nunca leram este blog. Acharam mesmo que a pergunta do Ti'Ricardo para o Dia dos Namorados seria mesmo "O que é o Amor?". A pergunta pertinente para este dia tem, como não poderia deixar de ser, tudo a ver com Puns. Imaginemos a seguinte situação problema:
Rapaz conhece rapariga, rapaz conhece rapaz ou rapariga conhece rapariga (sim, também acontece, relações sem, pelo menos, um rapaz. Pasmem-se!). Uma espécie de "quem tem cu tem medo", no sentido desta temática ser transversal a todos os seres humanos. No fundo, quem tem cu dá puns. Não se iludam! Então, pessoa conhece pessoa, dão-se uns encontros - nos primeiros dois um cafézito simpático, acompanhado de muita conversa, no terceiro jantar e cinema, com direito a um beijinho no fim à porta de casa, e a partir daí já cada um faz o que quer. Imaginemos que ao quarto encontro as coisas continuam a correr bem (*Pfff! Dou-lhes um mês...*) e os encontros dão lugar a dormidas, ora na casa de um, ora na casa de outro, e as dormidas começam a ser mais recorrentes. Há o acordar ao lado do outro, o voltar a estar com o outro nessa noite, o voltar a acordar, e por aí em diante. Até ao momento em que já vivem praticamente juntos - sem viverem mesmo juntos, não precisam de uma gaveta na casa do outro. Mas e os puns? Essa temática sensível. Como, quando, é que se dão puns? Sim, porque ninguém quer desmistificar o mito da perfeição. E a malta tem de ir aguentando, apertando o esfíncter e guardando. 
Numa relação rapaz rapaz esta temática é ainda mais sensível, afinal é fonte de prazer, excitação e especulação sexual e ninguém quer deixar de ver esse ponto de prazer (perceberam a ligação geométrica?) conectado com a libertação de gases malcheirosos. Se bem que, por vezes, o acto da libertação gasosa pode ser aprazível, especialmente depois de aguentarem dias a fio. Sabe Deus que nos festivais já passei e penei por muito e que o momento da libertação acumulada pode ser gratificante. Se há pessoa que, de manhã, na sua cama, por vezes liberta gases somos todos nós, não apenas eu, quero acreditar. (E sim, há dias em que tenho medo de acender a luz do telemóvel debaixo dos lençóis, com medo de ir parar ao meio da rua depois de uma explosão de gás. Tipo Sónia Brasão [Desculpem a piada óbvia, mas não podia deixar de ser feita]). Continuando, ninguém quer relembrar o outro a ligação óbvia para a libertação de gases e de cocó que é feita por uma das partes de obtenção de prazer libidinoso e sexual, em particular os gays deste mundo. (Se bem que existem pessoas muito estranhas com fascínios escatológicos a roçar o preocupante, mas não vou por aí).
Enfim, já não reflicto sobre o tema: deverão os casais dar puns à La Gardere (que é como quem diz: à vontade, à vontadinha) à frente do outro? Não, acho que não devem. Tentem manter a chama do mito e da paixão acesa (sem recurso a gases). No fundo, como devem os solteiros, que estão a tentar deixar de sê-lo, manter o mito? Até quando? Como conseguir que a barriga não pareça um balão inchado prestes a libertar o ar acumulado e que quando isso acontecer à frente do outro não o sopre para bem longe? Sim, porque vai acabar por acontecer e depois a malta não sabe se deve dar um ar cómico à coisa  ou fazer de conta que não é nada consigo.

P.S. Bom jantar do Dia dos Namorados e cuidado com o que comem, dentadas pequenas e moderadas para que não engulam muito ar, e bebem, não vá ter bolhinhas.  

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Deixo-vos uma pérola

Que poderia sair de uma das minhas muitas faces: divertida, ordinária, porca, etc. e (sempre) algo escatológica. You name it!
(Se bem que também poderia ser inserida numa "sabedoria do Ti'Ricardo).

"Sabes se é pequena quando já cagaste algo maior."

(Quem é que percebeu a subtileza da piada do título do post? Só piadas dentro de piadas. Adoro-me...)

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Comunicado(s)

Estou sem net. 
Já regressei a Lisboa e estou sem net em casa, porque a responsabilidade das pessoas deixa muito a desejar e, infelizmente, parece que passo a minha vida a lidar com gente atrasada. Mas, em compensação, sinto-me orgulhoso de mim mesmo. Entre várias situações: 
Vim para Lisboa, depois de acompanhar a minha mãe ao médico (felizmente a situação dela em termos de saúde parece estar a resolver-se de uma óptima forma), porque fui trabalhar para um congresso e apercebi-me que tenho uma capacidade fantástica que herdei da minha mãe: a ética no trabalho. Bolas, modéstia à parte (porque há alturas em que não o podemos ser) e eu sou uma das pessoas mais modestas que conheço (embora agora não o vá parecer), eu trabalhei mesmo! Fiz o que me competia e ainda mais, organizei tudo para facilitar as coisas aos outros trabalhadores e nunca coloquei as minhas vontades à frente do que era suposto fazer, mesmo não me sendo pedido. Portanto, estou orgulhoso de mim. O que me leva a pensar que, se calhar, em vez de estar a gastar dinheiro em mestrados e continuar a estudar eu podia aproveitar esta minha capacidade e tornar-me ou organizador de eventos (à mariquita séria), um assistente pessoal ou administrativo... Se alguém precisar de uma mariquita esforçada, já sabe. É que sou mesmo bom. 
Infelizmente, parece que quem é como eu e trabalha imenso e é honesto (mesmo boa pessoa e fazendo tudo pelas regras) acaba por não conseguir chegar a grande lado. Infelizmente, também, e na minha área de estudos (e é tão grave perceber isto na minha área e ainda mais triste): é tudo um grande tacho para os mesmos de sempre e só entra no meio quem tem padrinhos. Perceber isto custa, que eu sou uma mariquita da aldeia, pobre mas honesta. 
Quando voltar a ter net volto às coisas de sempre aqui no blog. Façam figas para que seja ainda esta semana. 

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Curta

Um destes dias não vou ser capaz de escrever uma história de amor, porque continuam todos à tua sombra e o tempo passa.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

É Natal

Animem as "pardalecas" (metafóricas claro, ou quem não as tiver metafóricas que as alegre também). Porque muitos de vós estavam esperançosos que eu sei. Vou-vos dar uma prendinha de Natal antecipada. É todo vosso:



Está de Parabéns! Ainda é preciso muita coragem para fazer isto. Daqui seguem só boas energias e muita força. Que sejas Feliz Tom!

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

O Fado

As vezes adoro o meu blog. Tenho saudades do ser o que era, mas não me arrependo nada de ser o que sou agora. Fico feliz por o ter sido e por este blog estar aqui para me recordar. Talvez ainda possa ser uma versão melhorada do que fui. O que eu virei a ser. Acho que o estou a voltar a ser.


É engraçado, quando ouvi este fado pela primeira vez fiz uma crítica, disse que achava a música demasiado alegre para esta letra. Não é, percebo agora o porquê de ser assim, encaixou-se perfeitamente neste meu momento.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Conclusões e Implicações

Cheguei à conclusão de que não sei, verdadeiramente, o que é namorar. Nem sei o que é ser namorado de alguém.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

O que é que é suposto fazermos?

Quando conhecemos alguém que nos (hmmm...) "pega" mesmo como nós gostamos, mas que no resto ainda não nos convenceu. O que é que devemos fazer? E se acabar por não nos convencer no resto?

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Woo-oh, oh-oh

Já há algum tempo que nada me transmitia esta sensação. (Hmmm...) De que afinal a paixão ainda existe/é possível? Sim, acho que é isto que me transmite. Dá para sonhar... Desde os primeiros acordes que me despertou algo... Esperança?



Sei que só tenho 21 anos. Mas será que me voltarei a apaixonar? A ter aquele primeiro impacto, o za-za-zu, de algo novamente arrebatador e que nos faz sonhar? O amor!... Ou já queimei os meus cartuchos com as paixões não concretizadas? (Eu sei, eu sei! 21 anos...)

Woo-oh, oh-oh

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Boa e Má Notícia

Com 35 votos em 39 apurados, as pessoas que responderam à primeira questão do Ti'Ricardo prefeririam: "Um homem bonito com uma pila pequena". Sendo que, os restantes 4 votos foram para a opção: "Um Homem feio com uma pila grande".

A boa notícia é: O tamanho não importa, se forem bonitos.
A má notícia é: O tamanho não importa, se forem feios.

Confesso que para mim não seria fácil responder a esta questão, mesmo depois de reflectir encontro-me no mesmo impasse, compreendo as duas posições, ambas têm vantagens e desvantagens.
Não é que eu ache que o tamanho importe, mas uma pila pequena é uma pila pequena e existe também beleza numa pila como deve de ser.
E coloco-me a questão: Porquê é que prefeririam um homem bonito com uma pila pequena? É porquê é melhor ter alguém bonito ao nosso lado? Para mostrar aos outros, é mais agradável caminhar com alguém bonito ao nosso lado, mesmo que intimamente a beleza não seja tanta? Ou o olhar do outro não importa nada para isto, e o que está realmente em causa é que: uma pila grande não serve para nada, não são sequer agradáveis?
Eu confesso que uma pila maneirinha é mais bonita ao meu olhar que uma pequena e os olhos também comem, o mesmo se passa para os homens bonitos...

quarta-feira, 8 de maio de 2013

De quem eu gosto

De quem eu gosto, não gosta de mim. E quem gosta de mim, não gosto eu...
Mas porque é que raio não nos apaixonamos por quem nos devíamos apaixonar e nos apaixonamos por quem não devíamos?
É que nós sabemos, mas da razão ao sentimento vai uma distância. São coisas que nos afectam a níveis diferentes. Vá-se lá saber porquê...
Uma coisa é certa, como eu costumo dizer, o mundo ainda tem muito que girar.



Adenda: Este post não é sobre estar apaixonado pela pessoa errada, mas sobre não estar apaixonado pela pessoa certa.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Eu sei que sou preconceituoso...

Mas sempre pensei que todos os gays fossem, regra geral, bem educados, simpáticos. No fundo, uns cavalheiros. (Não sei porquê. Talvez por normalmente se sentirem injustiçados na sociedade e não quererem perpetuar o mal estar, a infelicidade, no mundo. Penso eu isto devido ao meu preconceito). Tal não se sucede. 
Por exemplo, Domingo estava nos Armazéns do Chiado com uma amiga a comer um gelado e, como é natural, o espaço encontrava-se especialmente lotado com várias pessoas à procura de lugar onde se sentarem. No meio da azáfama encontravam-se dois moços gays (haveriam, certamente, mais, eu reparei naqueles) a lanchar e que quando se levantaram não arrumaram o seu tabuleiro, deixando-o em cima da mesa. A sério que isto me fez confusão!
O não ajudar, a má educação, a rudeza, a falta de civismo e de cavalheirismo, o não facilitar a vida aos outros, mesmo para com os empregados de limpeza que ali trabalham, já me faz confusão em geral, mas com os gays é algo particular, toca-me especialmente. Quando não cedem o lugar no metro a alguém que precisa ou quando não deixam uma senhora passar à frente penso sempre *Que rude! Idiota! A senhora precisa, levanta o c* ó mal educado(a)*. Mas quando é um gay acrescento sempre ao meu pensamento *Epá! És bicha, não devias ter mais compaixão e ser mais simpático e carinhoso?*...
E não, não sou o cúmulo da simpatia e do cavalheirismo (nota-se pelo tipo de pensamentos que tenho).


No fundo, pensava que os gays seriam uma espécie de elite de pessoas maravilhosas e super bem formadas. Mas não, são apenas pessoas.