Se há coisa que eu não gosto é de incompetência ainda para mais aliada à preguiça. E como quanto mais eu não gosto de uma coisa mais elas me apoquentam tenho de ter muita calma. Passo a contar:
Dirijo-me eu na quarta feira à fnac do Vasco da Gama à procura de um livro, a senhora do balcão diz que não o tem e informa-me que existe na fnac dos Armazéns do Chiado um exemplar e que não valeria a pena ligar porque "a esta hora ninguém me irá atender" e eu - Okay, obrigado passarei então por lá amanhã (quinta feira) ou na sexta. E assim fiz, hoje preparo-me eu (todo fashion) e dirijo-me à fnac dos Armazéns do Chiado. Vou ao balcão para mais uma vez perguntar pelo livro, a senhora vai à procura e volta para me dizer - De momento não temos o livro- e eu - Ah, é que fui a fnac do Vasco da Gama e disseram-me que tinham aqui um exemplar. - Sim, temos um exemplar, mas encontra-se em stock e como tal deve estar reservado para outra pessoa, como na fnac do Vasco da Gama não ligaram para cá limitaram-se a dizer-lhe que se encontrava aqui um exemplar e não confirmaram para saber se se encontrava disponível, mas pode sempre encomendar. E eu- Okay. Muito obrigado, então gostaria do encomendar por favor. E a senhora que era competente lá fez a encomenda.
E pronto, lá estava eu a pensar que tinha ido dar uma volta à Senhora da Asneira e perdido umas duas horas da minha vida, (por causa da incompetência da mulher da fnac do Vasco da Gama uma vez que o poderia ter encomendado logo) quando ELE (o meu tipo de Homem) apareceu. Alto, bem vestido (calças de ganga justas, blazzer desportivo, t-shirt e sapatos castanhos) e giro.
Mas, depois enquanto a senhora me fazia a encomenda deixei de o ver. Lá fui dar mais uma volta pela fnac quando o volto a ver a ouvir um cd, continuei (
a babar-me), dei a volta e estava a ver umas agendas quando ele se baixou para apanhar a mala e então eu VI aquela tatuagem no fundo das costas. Eu juro que (
me babei) o queixo me ia caindo. Ali estava o meu tipo de homem, ele levantou-se e viu me a olhar para ele, sorriu e eu sorri de volta e voltei a olhar para as agendas a corar imenso, ele chegou perto de mim a olhar também para as agendas e olhou para a agenda que eu tinha na mão e disse que era gira. Eu mais uma vez sorri e corei (mas algém me dá um tiro? Estúpida reacção fisiológica). Eu disse que ele tinha uma tatuagem gira ele sorriu, piscou-me o olho e perguntou "Tens namorado?" Eu "Não". "Que me dizes a ir tomar um café no Starbucks?" Eu aceitei, e agora tenho o número dele e logo à noite vamos sair. É super simpático e parece-me ser bastante querido. Wish me luck!
Ai! Ai! Era bom não era? Pois eu também acho. Vou contar como as coisas se passaram: "VI aquela tatuagem no fundo das costas. Eu juro que (
me babei) o queixo me ia caindo. Ali estava o meu tipo de homem, ele levantou-se" ele levantou-se, e eu continuei a ver as agendas, ele passou por mim, olhou para mim e eu desviei o olhar, ele continuou a andar e eu nunca mais o vi. Vim me embora e lá fui eu beber o meu Caramel Macchiato ao starbucks (sozinho --º) e vim para casa a pensar naquele que era claramente o meu tipo de homem e na sua tatuagem sexy.
Tenho uma pergunta, como é que se faz para abordarmos/conhecermos um homem? Quero dizer, estaremos nós homossexuais limitados a conhecer outros homossexuais pela internet (redes sociais, sites de engate, chats, blogs, etc), discotecas e bares gay?
Quer dizer eu não tenho lata para abordar outro homem no meio da rua (
ainda levo uma sova.) Como é que vocês conheceram o vosso mais que tudo?
P.S. Eu que não tenho Manhunt, nem gaydar, nem afins, nem nunca fui a uma discoteca ou bar gay, e que não tenho lata suficiente para abordar ninguém, estarei confinado a passar o resto da minha vida sozinho? Isto Deus me livre. Ai, estou carente e a precisar de um namorado, ou melhor, de amor (que isto de ter namorado por ter não deve ser nada de especial) é o que é.