Mas sempre pensei que todos os gays fossem, regra geral, bem educados, simpáticos. No fundo, uns cavalheiros. (Não sei porquê. Talvez por normalmente se sentirem injustiçados na sociedade e não quererem perpetuar o mal estar, a infelicidade, no mundo. Penso eu isto devido ao meu preconceito). Tal não se sucede.
Por exemplo, Domingo estava nos Armazéns do Chiado com uma amiga a comer um gelado e, como é natural, o espaço encontrava-se especialmente lotado com várias pessoas à procura de lugar onde se sentarem. No meio da azáfama encontravam-se dois moços gays (haveriam, certamente, mais, eu reparei naqueles) a lanchar e que quando se levantaram não arrumaram o seu tabuleiro, deixando-o em cima da mesa. A sério que isto me fez confusão!
O não ajudar, a má educação, a rudeza, a falta de civismo e de cavalheirismo, o não facilitar a vida aos outros, mesmo para com os empregados de limpeza que ali trabalham, já me faz confusão em geral, mas com os gays é algo particular, toca-me especialmente. Quando não cedem o lugar no metro a alguém que precisa ou quando não deixam uma senhora passar à frente penso sempre *Que rude! Idiota! A senhora precisa, levanta o c* ó mal educado(a)*. Mas quando é um gay acrescento sempre ao meu pensamento *Epá! És bicha, não devias ter mais compaixão e ser mais simpático e carinhoso?*...
E não, não sou o cúmulo da simpatia e do cavalheirismo (nota-se pelo tipo de pensamentos que tenho).
No fundo, pensava que os gays seriam uma espécie de elite de pessoas maravilhosas e super bem formadas. Mas não, são apenas pessoas.