É Natal e o meu presente este ano chegou mais cedo... A velhice!
Sim, a velhice. Já a tinha sentido a assentar nos meus ossos como um pó, já a tinha visto à volta dos meus olhos. Mas agora confirma-se...
Estava eu, sexta-feira passada, lindo e maravilhoso na paragem de autocarro à espera deste último quando chega uma mãe e as suas duas pequenas crias. Os miúdos começam a brincar, como é natural, e um deles tinha um chapéu de chuva. Algures no tempo daquela brincadeira, o gaiato está com o chapéu de chuva pressionado contra a minha mala e a mãe diz: "Cuidado! Olha que aleijas o senhor."... Senhor? Senhor? Mas quando é que eu deixei de ser o 'menino'? A frase devia ter sido 'Cuidado! Olha que aleijas o menino'. O drama! O horror! Mas passou-me...
Domingo, esse dia fatídico. Mais uma vez, eu lindo e maravilhoso, pessoas que já não me vêem há algum tempo, e uma senhora diz assim que me vê: "Ai! Ele está diferente. Está mais velho não está? Perdeu o ar de miúdo..." E eu sorrio, porque é sorrir e acenar.
Toda velha! E as entradas que estão maiores? E o pneu que se está a formar? E as pernas giras que eu tinha que estou a perder por estarem a ficar magras? E a letra do blog que tive de colocar maior por já não a ler bem? Toda velha...