Afinal, o que é o Amor?
Nah! Até parece que nunca leram este blog. Acharam mesmo que a pergunta do Ti'Ricardo para o Dia dos Namorados seria mesmo "O que é o Amor?". A pergunta pertinente para este dia tem, como não poderia deixar de ser, tudo a ver com Puns. Imaginemos a seguinte situação problema:
Rapaz conhece rapariga, rapaz conhece rapaz ou rapariga conhece rapariga (sim, também acontece, relações sem, pelo menos, um rapaz. Pasmem-se!). Uma espécie de "quem tem cu tem medo", no sentido desta temática ser transversal a todos os seres humanos. No fundo, quem tem cu dá puns. Não se iludam! Então, pessoa conhece pessoa, dão-se uns encontros - nos primeiros dois um cafézito simpático, acompanhado de muita conversa, no terceiro jantar e cinema, com direito a um beijinho no fim à porta de casa, e a partir daí já cada um faz o que quer. Imaginemos que ao quarto encontro as coisas continuam a correr bem (*Pfff! Dou-lhes um mês...*) e os encontros dão lugar a dormidas, ora na casa de um, ora na casa de outro, e as dormidas começam a ser mais recorrentes. Há o acordar ao lado do outro, o voltar a estar com o outro nessa noite, o voltar a acordar, e por aí em diante. Até ao momento em que já vivem praticamente juntos - sem viverem mesmo juntos, não precisam de uma gaveta na casa do outro. Mas e os puns? Essa temática sensível. Como, quando, é que se dão puns? Sim, porque ninguém quer desmistificar o mito da perfeição. E a malta tem de ir aguentando, apertando o esfíncter e guardando.
Numa relação rapaz rapaz esta temática é ainda mais sensível, afinal é fonte de prazer, excitação e especulação sexual e ninguém quer deixar de ver esse ponto de prazer (perceberam a ligação geométrica?) conectado com a libertação de gases malcheirosos. Se bem que, por vezes, o acto da libertação gasosa pode ser aprazível, especialmente depois de aguentarem dias a fio. Sabe Deus que nos festivais já passei e penei por muito e que o momento da libertação acumulada pode ser gratificante. Se há pessoa que, de manhã, na sua cama, por vezes liberta gases somos todos nós, não apenas eu, quero acreditar. (E sim, há dias em que tenho medo de acender a luz do telemóvel debaixo dos lençóis, com medo de ir parar ao meio da rua depois de uma explosão de gás. Tipo Sónia Brasão [Desculpem a piada óbvia, mas não podia deixar de ser feita]). Continuando, ninguém quer relembrar o outro a ligação óbvia para a libertação de gases e de cocó que é feita por uma das partes de obtenção de prazer libidinoso e sexual, em particular os gays deste mundo. (Se bem que existem pessoas muito estranhas com fascínios escatológicos a roçar o preocupante, mas não vou por aí).
Enfim, já não reflicto sobre o tema: deverão os casais dar puns à La Gardere (que é como quem diz: à vontade, à vontadinha) à frente do outro? Não, acho que não devem. Tentem manter a chama do mito e da paixão acesa (sem recurso a gases). No fundo, como devem os solteiros, que estão a tentar deixar de sê-lo, manter o mito? Até quando? Como conseguir que a barriga não pareça um balão inchado prestes a libertar o ar acumulado e que quando isso acontecer à frente do outro não o sopre para bem longe? Sim, porque vai acabar por acontecer e depois a malta não sabe se deve dar um ar cómico à coisa ou fazer de conta que não é nada consigo.
P.S. Bom jantar do Dia dos Namorados e cuidado com o que comem, dentadas pequenas e moderadas para que não engulam muito ar, e bebem, não vá ter bolhinhas.