Mas sempre pensei que todos os gays fossem, regra geral, bem educados, simpáticos. No fundo, uns cavalheiros. (Não sei porquê. Talvez por normalmente se sentirem injustiçados na sociedade e não quererem perpetuar o mal estar, a infelicidade, no mundo. Penso eu isto devido ao meu preconceito). Tal não se sucede.
Por exemplo, Domingo estava nos Armazéns do Chiado com uma amiga a comer um gelado e, como é natural, o espaço encontrava-se especialmente lotado com várias pessoas à procura de lugar onde se sentarem. No meio da azáfama encontravam-se dois moços gays (haveriam, certamente, mais, eu reparei naqueles) a lanchar e que quando se levantaram não arrumaram o seu tabuleiro, deixando-o em cima da mesa. A sério que isto me fez confusão!
O não ajudar, a má educação, a rudeza, a falta de civismo e de cavalheirismo, o não facilitar a vida aos outros, mesmo para com os empregados de limpeza que ali trabalham, já me faz confusão em geral, mas com os gays é algo particular, toca-me especialmente. Quando não cedem o lugar no metro a alguém que precisa ou quando não deixam uma senhora passar à frente penso sempre *Que rude! Idiota! A senhora precisa, levanta o c* ó mal educado(a)*. Mas quando é um gay acrescento sempre ao meu pensamento *Epá! És bicha, não devias ter mais compaixão e ser mais simpático e carinhoso?*...
E não, não sou o cúmulo da simpatia e do cavalheirismo (nota-se pelo tipo de pensamentos que tenho).
No fundo, pensava que os gays seriam uma espécie de elite de pessoas maravilhosas e super bem formadas. Mas não, são apenas pessoas.
18 comentários:
Há de tudo, em igual percentagem à da restante população.
Achei muito interessante este teu desabafo/reflexão.
Ser educado, ser cívico, ser cavalheiro é algo que primeiramente se aprende em casa, independentemente de sermos gays ou não.
Infelizmente, com o passar dos anos muita gente deixa de se importar com essas regras de boa educação, retrato de uma sociedade cada vez mais egoísta e preocupada apenas com o seu umbigo.
Mas também existem, felizmente, muitas excepções. :)
Abraço amigo .3
eu penso claramente o inverso. claro que é certo que existem os gays mais sensíveis do que um rapaz normal (acho que é o meu caso e pelo o que falas talvez o teu) a ajudar e a ser prestável para outras pessoas mas também existem os gays que são sensíveis demais que se tornam como aquelas gajas de pior tipo, inconstantes e intolerantes e que têm a mania que mandam em toda a gente então não fazem puto. lá está, por pensarem que são "elite" como dizes, mas não de pessoas maravilhosas :P
lá está, são apenas pessoas, como eu e tu, não exijas demasiado dos outros.
Não és nada, existem muitos gays que tem a mania que tem "sangue azul" e esquecem o que é Educação
Infelizmente não somos uma super elite. Somos pessoas e humanos como todos os outros. É tudo uma questão de educação e cultura.
Abraço Ricardo e bom feriado! :)
É assim mesmo, somos todos pessoas. Todos temos qualidades e defeitos. Não importa a raça, a religião, a sexualidade, a política.
Mas gosto da tua utopia de que "os gays são todos boas pessoas". lol
Escreva lá o comentário sem a asneira e ele volta a ser publicado. Eu e o meu feitio prometemos.
É isso mesmo que pretendo com o post. Dizer que são, somos, todos apenas pessoas. E não existe apenas uma coisa que nos defina por completo.
Abraços a todos ^^
Concordo contigo. Essas coisas também me tiram do sério mesmo!
Eu por acaso dou o meu lugar no metro a quem precisa e deixo pessoas passarem a frente em filas de supermercado porque são idosas, ou grávidas ou assim, é uma questão de educação, mas relativamente aos tabuleiros nos shoppings deixo sempre em cima da mesa, há pessoas pagas para os levantarem, se tu fizeres metade do trabalho deles, ou seja ires arruma-lo provavelmente não serão precisas hipoteticamente 2 pessoas e vai haver um despedimento e fica apenas lá uma. Por isso para mim não é questão de educação. É a mesma coisa cada vez que se vai a uma caixa self-service nos supermercados, pagas o mesmo e estas a tirar o trabalho a uma pessoa, deixem as pessoas trabalhar que há trabalhos e coisas para fazer para todos. Btw desculpa o comentário extenso
Eu já havia pensado nesse argumento. Mas, por exemplo, não vais andar a colocar lixo no chão só porque há varredores de rua e pessoas que recolhem o lixo, certo?
As empregadas de limpeza não têm como único trabalho recolher os tabuleiros. Limpam, separam a loiça e o lixo, arrumam e dividem as coisas, entre certamente muitas outras tarefas. Não se trata aqui de lhes tirar o emprego, porquê não seriam necessárias se as pessoas arrumassem os tabuleiros, trata-se de as ajudar. E, além do mais, trata se, também, do respeito para com as outras pessoas que queriam e procuravam uma mesa.
Quanto à questão dos supermercados, há sempre alguns técnicos nessas máquinas a assegurarem assistência. Portanto seriam os técnicos das duas caixas individuais que foram suprimidas (hipoteticamente) devido à colocação das máquinas self service. Há sempre a criação de novos empregos, para quem repara essas máquinas, para as fábricas que as fabricam, por exemplo...
Concordo contigo, há trabalhos e coisas a fazer para todos
Os comentários extensos são bem vindos Someone.
Abraço
É uma questão de formação / educação... pouco importa do que gosta...
Isto não é uma questão de orientação sexual; resume-se a uma questão de formação ou educação, como lhe queiram chamar.
Pois mesmo assim não acho que seja má educação deixar o tabuleiro, nem que se compare com colocar lixo no chão porque existem varredores, da mesma forma que não deito coisas para o chão em shopings só porque existem empregadas de limpeza, mas pronto são tudo perspectivas. Espero que quando as pessoas forem ao meu trabalho também me ajudem no final e me levem o material para a esterilização senão chamo-lhes mal educados.xD
Esta última parte foi a brincar, não leves a mal.xD
Mas sabes que existem sítios para se deixar o tabuleiro. Diz mesmo "Por favor deixe aqui o seu tabuleiro, obrigado." Pronto, queres chamar-lhe não ajudar o outro, não ajudar a aliviar o seu fardo?
Não levo a mal. Como dizes e eu concordo, são perspectivas. :)
No início pensava como tu, que os gays eram uma elite especialmente iluminada. Depois conheci alguns gays verdadeiramente estupidos, e cheguei à conclusão que há pessoas iluminadas, umas são gays outras não. Mas, tal como o Someone, nunca levanto o tabuleiro, e nunca vou à caixa self-service do supermercado (e não ando a atirar lixo para o chão). :D
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