segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Há que gostar de nós

"- Gosto de ti, mas não te amo - Mas o amor só atrapalha - acrescentou.
Ela foi à casa de banho buscar a escova de dentes e os cremes. Tirou do armário a roupa que tinha levado para casa dele, enfiou tudo na mala que estava há três meses debaixo da cama e, muda, dirigiu-se para a porta. Ele seguiu-a, perplexo.
- Amo-te, mas não gosto de ti - respondeu ela, entregando-lhe a chave de casa."

Tânia Ganho

12 comentários:

João Roque disse...

Amar e gostar de alguém, não é necessáriamente a mesma coisa, mas há muita gente que confunde os dois conceitos.

Anónimo disse...

Muito interessante, deixou-me a pensar! Acho que primeiramente vem o "gostar" e depois o "amar", neste caso parece ser diferente :)

AM disse...

Eu também amo o meu boy, mas não gosto dele. E tem dias ou momentos que não gosto mesmo nada dele. Esta merda é trágica. Super fodido este desencontro entre o amar e o gostar.

Chocolateira* disse...

Oooh a 1ª vez que li isso foi num pacote de açucar da Sical. Infelizmente adequava-se a mim na perfeição. Gostava mas não amava e acabei o namoro por o gostar não ser suficiente.

Meia Noite e Um Quarto disse...

tão fácil de escrever, conceitos tão...simples de escrever...mas que querem dizer tanto...bem profundo!

Anónimo disse...

Como é que se ama sem se gostar?

Ricardo - Uma Outra Face disse...

Ora bem João.

Abraço

Ricardo - Uma Outra Face disse...

Não sei se é diferente. Podes num primeiro momento gostar e depois amar. Depois podes continuar a amar aquela pessoa, mas não gostar dela... Podes... Podes...

Ricardo - Uma Outra Face disse...

Pois, mas essa tua situação é diferente daquela aqui descrita.
Acho que fizeste o certo, a mim também não me parece que o gostar seja o suficiente, a situação ideal é a conjugação dos dois... Coisa rara, mas óptima e maravilhosa parece-me

:)

Ricardo - Uma Outra Face disse...

Também acho.
Eu fiquei apaixonado e pensei "é mesmo isto".

:)

Ricardo - Uma Outra Face disse...

Não sei escrevê-lo. O excerto parece-me um bom exemplo. Mas olhe que é possível. Talvez se se falar em paixão em vez de amor seja um exemplo mais fácil de perceber...

Ricardo - Uma Outra Face disse...

Pois é...
Eu não sou ninguém para te dizer o que vou dizer, mas não me parece que a inércia (o deixar andar) seja o melhor para ti. Não me parece que estejas feliz, mas, relativamente, acomodado. Acredito que és uma pessoa bastante forte, assim pareces ser. E acredito que com o tempo, quando tiveres vontade, segurança, quando quiseres e puderes resolverás a tua situação. Falar e tentar perceber o que se quer será certamente meio caminho andado. Daí eu dizer no título que é preciso gostar muito de nós, há alturas em que assim é. É preciso gostarmos mais de nós. Como a personagem deste excerto... Mas é claro, a vida não é como nos livros. A vida tem outros entraves e tu terás certamente os teus condicionantes, daí que diga que quando poderes tenho a certeza que resolverás a tua vida. Não deixes é passar...

Um abraço Alexandre