No sábado passado, estou prestes a sair de casa para uma saída ao Arraial e ao Bairro Alto com duas amigas, quando ouço chamar o meu nome (elas tinham saído primeiro enquanto eu ficava para trás com o propósito de desligar as luzes). Chego à minha porta e deparo-me com isto:
Pois é, alguém horrível ao que parece abandonou este coelhinho, ou coelhinha, anão à porta do meu apartamento em Lisboa.
E pronto, é uma criatura irrequieta (podera, com o trauma do abandono) e hoje, apesar de nervoso, acho que adorou ser o centro das atenções, tanto no metro como no comboio. O melhor foi: um menino a perguntar se "É um gato?", se "Comprou-o à pouco tempo?" e se "Leva vacinas?"; uma senhora idosa a olhar para a gaiola e para mim durante a viagem (e eu cheio de vontade de me rir e não o fazer); outra a comentar com o senhor pica do comboio a situação; e, para assombro do bicho e meu também quando olho para a estação e vejo que as crianças de um infantário iriam entrar no comboio e viajar connosco, foi o centro das atenções dos petits que me perguntavam o que era, qual era o nome dele e se "Senhor, podemos fazer miminhos ao coelho?" e lá saco eu do bicho (todo nervoso), é acarinhado e levantam-se outros tantos petits do lugar para virem fazer-lhe umas festinhas.
E pronto, agora já estou na aldeia para as férias, ele também e já andou a passear pelo jardim cá de casa e a devorar uma flor do jardim da minha mãe.