terça-feira, 29 de abril de 2014

Nunca me tinha acontecido

Agora, quase a chegar a casa, fui assobiado (sabem aquele assobio à trolha do engate?), na rua, por uma piquena adolescente...

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Há sempre uma primeira vez para tudo, já se sabe.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Procura-se

Procura-se namorado cavalheiro, com meio de transporte próprio, em que possamos namorar à noite e que no fim se ofereça para me levar a casa. Só para eu não correr o risco de passar por outra situação como a do post anterior...
E pronto, vou parar de brincar com a situação, que eu tive muita sorte e não convém abusar para não ser castigado.

Quase Assaltado

Hahahahaha escrevo este post depois de há quase dez minutos quase ter sido assaltado.
Vinha do metro até casa, como faço sempre quase todos os dias, a pé. Não é o sítio mais recomendado para se andar a pé, mas geralmente não se vê ninguém na rua e é na boa.
Já me tinha apercebido a meio do caminho que vinha um homem atrás de mim, mas tudo bem. Tinha saído do metro à uns três minutos, nada de grave, é normal. Eu ando geralmente num ritmo apressado e tinha uma distância significativa, nem tomei o senhor como ameaça. Vinha pelo caminho normalmente a pensar em várias coisas e a ouvir músicas mentalmente e começo a pensar no blog e nas histórias dos meus assaltos que por aqui contei [devo ser bruxo]. Mas ia na minha, feliz e contente. Começo a chegar à primeira rotunda que circundo para chegar a casa e olho para trás, porque sim, faço-o normalmente. E vejo o homem a começar a correr, olho para a frente e penso *Deixa-me lá agarrar a mala. Só pelo sim pelo não. Não é que eu ache que ele me vá assaltar, até porque não tenho nada comigo. E o homem pode estar a correr só porque está atrasado, mas que é estranho é e mais vale prevenir que remediar* E lá agarrei a correia da mala que é à tira colo, quando ele está a chegar ao meu lado estou eu a virar-me para atravessar a passadeira e fiz isto mais encostado ao corrimão que existe a separar o passeio da estrada para que o senhor tivesse espaço para fazer a curva e passar. Agarra-me pelo braço e ombro e puxa-me, parece que ouvi algo a rasgar [mas acabei de verificar e não tenho nada rasgado]. Por um milésimo de segundo pensei *Estúpido pá, não deve ter medido bem a distância e foi bater contra mim*, mas senti que estava a ser puxado. Eu não ouvi bem o que ele disse porque comecei logo em voz alta: -"Então páh? Larga-me!" Acho que ele começou a pedir, -"Dá-me o dinheiro", e foi repetindo isto, mas ele falava baixo eu não o ouvia e nem quis saber, já estávamos na relva agora. -"Larga-me! Não tenho dinheiro nenhum, sou estudante universitário!" -"Não grites!" -"Larga-me, não tenho dinheiro nenhum, meu!" E agora o facto que eu adoro: enquanto ele me agarrava e puxou até à relva eu agarrei-o pelo colarinho (também para não me desequilibrar e cair), olho para ele, tem uma mascara daquelas tipo médico, verdes a tapar a boca, olho para o lado para a minha mala que me está a cair pelo braço, vejo que ele tem uma coisa prateada na mão *Aquilo é uma faca?*, acho que era uma faca. Volto a olhar para ele, a minha mão no colarinho, aproximo-o e afasto-o levemente. Penso *Uma cabeçada no nariz dele agora era bué fixe, à filme* tiro a mão *Não sou uma pessoa violenta, ele tem uma faca e não vou lutar que isto pode correr mal* -"Não tenho dinheiro, queres ver a minha carteira, car*lho!?" -"Não grites, é preciso estares a gritar?" -"Larga-me car*lho! Tenho para aí dez cêntimos queres ver?" Ele larga-me, fica a olhar para mim.  Eu abro a mala saco do meu porta moedas (que é uma pachacha). Estendo-o para ele, estendo a minha mão e deixo cair dez cêntimos e duas moedas pretas -"Toma, caralho! É isto que tenho! Queres!? Toma! Toma car*lho!" Não faz nada. -"É preciso gritar? Não é preciso estares a gritar". -"Não é preciso estar a gritar!? Tu estás a tentar assaltar-me, meu!" Eu viro as costas e começo a andar novamente, passa um carro, paro por um segundo e volto a andar. Começo a concertar-me, a puxar o casaco e a colocar a mala ao ombro enquanto atravesso a passadeira. Ouço-o a dizer qualquer coisa. Atravesso a passadeira. Ouço-o claramente -"Ei, calma aí. Deixa-me falar contigo."  Viro-me para trás. Já não tem a máscara posta, acho que a tirou quando virei as costas. Eu, novamente, num tom elevado -"Estás a gozar comigo? Tu acabaste de me tentar assaltar... Vai pó car*lho!" E levanto a mão, volto a virar-me e a seguir o meu caminho. Acho que me perguntou onde é que eu morava, ou perguntou-me se eu não era "bueda" novo, mas não percebi. Ouço claramente -"Calma. Não era preciso estares a gritar. Deixa-me só falar contigo. Só quero falar contigo." [foi algo deste género]. Viro-me para ele novamente -"Estás a gozar comigo? Tu tentas-te assaltar-me com uma faca ou que m*rda é isso e agora queres falar comigo? Baza! Vai pó car*lho meu! Baza!" Levanto a mão e faço um gesto de "vai-te embora" enquanto me viro e continuo a andar. Mais à frente olho para trás, vejo-o a virar-se e a ir-se embora.

Passado um bocado começo a rir-me ao imaginar a minha figura e a não acreditar que agarrei mesmo o gajo pelo colarinho... Hahahahaha e pronto, eu tinha mesmo de partilhar isto.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Aparece-me com cada um - dois

[Aviso: É grande. Mas a culpa é vossa que querem tudo de uma vez. É para não haver reclamações de ter ficado outra vez a meio...]
Continuação: *(...) Minto ou não? Posso sempre perguntar qual é a relevância da pergunta... Nah! Isso seria dar mais conversa, teria de falar mais com ele e eu não quero. Não há nada de errado em ser gay. Não tens de mentir. Estão a fazer-te uma pergunta de forma directa.* -"Sim, sou." Sorrio. -"Ah, pois. Eu olhei para ti quando chegaste à sala e pensei que [e agora não tenho a certeza se foi esta, novamente, a expressão utilizada] podias jogar na outra equipa..." *Wtf!? Tenho algum símbolo néon na testa a dizer GAY? Se calhar ando marcado como o gado. Os bois é que têm brincos amarelos...* "... mas depois deixei de te ver e pensei que já tivesses ido embora com os outros." Ele aqui deve ter ficado a falar sozinho porque não me lembro de ter dito nada, devo ter sorrido e acenado.


Virei-me, novamente, para as meninas. Mas ele desistir que é bom? Tá quieto, e lá vieram as perguntas. [E agora não tenho a certeza da ordem em que foram feitas, mas vou colocando à medida que me for lembrado e achar que fazem sentido]. -"Tu és tímido, não és?" *Não, não gosto é de ti e de falar da minha vida* encolho os ombros. -"Mais ou menos, sim." -"Então e que tipo de homens gostas?" *Depende. Mas mais velhos, geralmente. Tu, por exemplo, nunca me interessaria por ti... De que tipo de homens gosto? De que tipo de homens gosto!? Depende, depende muito, do homem. Não há características que definam um tipo de homem que goste.* -"Depende muito." Sorrio -"Então e eu, pareço-te que sou...?" *Ai a minha vida! Este agora quer mesmo conversa. Porquê, senhor? Porquê? Ora bem, eu também me lembro de ti, desde o principio da tarde, que tu fazes para notarem a tua presença. Tendo em conta as tuas figurinhas, sim, pensei que serias gay. Ai, mas não lhe vou dar conversa. Eu digo que sim, ele pede um porquê e eu não estou para isso. Mas eu quero lá saber se tu és gay ou não. Não estou interessado.* -"Hmmm... Sei lá. Não. Não é o que eu penso quando olho para alguém. Não é o que eu quero saber." Depois foi dizendo qualquer coisa sobre as pessoas não perceberem (ou perceberem) que ele é. Ai! As pessoas falam muito e eu não quero saber e desligo. Mais uma vez sorrir e acenar. -"És mesmo tímido." afirma. *Mau car*lho!* -"Não, não tenho é uma necessidade de grande convívio com as pessoas." *Isto porque não gosto delas, especialmente de ti neste momento. Percebe a indirecta.* -"Então e fazes o quê?" *Não, claramente, não percebeu* Lá lhe disse em que mestrado estou e o que tinha estudado na licenciatura. -"Ai! Não pareces nada. Não tens nada ar..." *Wtf!? Mau! Mas qual é o ar!? Já me está aqui a ofender. Deves. Pergunto ou não qual é o ar? Não, calma que não queres dar conversa.* Levanto o sobrolho -"Pois..." Encolho os ombros. Sorrio -"Então e namoras?" *Ai a minha vida. Lágrima interior. Já está a querer saber tanto da minha vida quanto eu. Mas agora tenho de partilhar... Minto ou não? Se lhe digo que não ainda tenta alguma coisa. Mais vale dizer que sim e a conversa morre aqui. Se estou comprometido não quero nada com ele.* -"Sim." -"Há quanto tempo?" *Ai o car*lho! Cusco pá. Chato! Agora há quanto tempo é que digo que namoro? Isto tem de ser coerente. Se dizer pouco tempo é frágil, 3 meses. Não. 1 ano? Nunca namorei um ano, é muito tempo para aguentar a mentira. Não posso dar a entender que menti. 6 meses? Parece-me melhor...* Enquanto este diálogo ocorre na minha mente coloco um ar pensativo e começo a contar pelos dedos. [Sabe Deus que sou péssimo para datas e isso não é mentira, há que enganá-los com a verdade]. Conto seis meses pelos dedos. Vou pensando em que mês teria sido o início do namoro, caso ele pergunte ou tente verificar a verdade. Ele ri-se com a espera e por eu estar a contar pelos dedos. Volto a contar pelos dedos e riu-me. Só mesmo em jeito de confirmar há quanto tempo namoro. -"6 meses." Respondo. -"E como é que é o teu namorado?" *Mau! Agora quer saber como é o meu namorado? Era o que mais me faltava. É o meu namorado, não o descrevo a ninguém. Sou péssimo a descrever pessoas, não sei. Agora para além de se atirar a mim quer atirar-se a ele? Era o que mais me faltava.* -"Mas porquê? Não vou descrever. Não faz sentido..." Ri-se -"Então e... Não queres ir dar uma volta por aí?" -"Não." *Então mas eu digo que tenho namorado e ele pergunta-me na mesma se eu quero ir dar uma volta com ele!!? Deus me livre. Wtf???* -"Ham... Pois, era só para curtir." Sorriso amarelo da minha parte, bad poker face. Volto a ignorar o gaiato. -"Ah, e o que é que és? Gay ou bi?" -"Gay." Chamam-me, afasto-me. -"Sabes o que isto é?" Levanta dois dedos fazendo o sinal de paz. -"Paz!?" *Deve ser um qualquer gesto em código que eu não percebo. Oh God, why?* Ri-se -"Não." Encolho os ombros. Ignoro o miúdo. -"Essa menina ao teu lado é a tua melhor amiga?" *Yha! Tendo em conta que a conheci hoje.* Eu e ela rimo-nos -"Não...." Pergunta-me pelo piercing -"Doeu muito a fazer?" -"Não, a fazer não dói nada." *É tão giro sentir a agulha a furar a pele, depois a cartilagem e pele outra vez.* Mas não digo isto para não dar conversa. -"Quanto custou?" *Ai! Que seca páh.* -"25€. Mas não é este o piercing que põem..." -"Pois, é um com uma bolinha, não é?" -"Sim." -"O teu é redondo. Gostas mais de coisas redondas não é? Eles acabam todos por serem redondos..." *Que é isto? Alguma tentativa de piada peniana que eu não entendi?* Encolho os ombros, sorrio e ouço a rapariga ao meu lado em voz alta -"Há gente muito chata. Porra!" Riu-me. Passado algum tempo: -"Ah, não te preocupes. Não conto a ninguém." -"Sim, tudo bem." Sorrio. Somos entretanto chamados. Passado algum tempo, noutro espaço: -"Sabes, não tens de ter vergonha e não deves ligar às pessoas que gozam." Ar confuso -"Mas ninguém me goza..." -"Não aqui, lá fora..." Levanto o sobrolho -"Ah, sim. Eu sei..." *Wtf? Este deve querer ensinar-me alguma coisa. Deves saber alguma coisa da minha vida que eu não sei. Odeio que as pessoas façam pressupostos acerca da minha vida. Se não fosse o facto de eu não gostar de ti, até gostava de te dar a conhecer o meu blog para perderes essa imagem que estás a criar de mim e me deixares em paz.* Ignoro o miúdo novamente, viro costas. Passado algum tempo -"Alguém sabe da tua família?" -"Não". -"Nem a tua mãe?" *As mães sabem sempre* penso. -"Não." Ri-se -"Nem desconfiam?" *Mas sei lá eu, chato. Não devem ser parvos* Encolho os ombros -"Não." -"Mas devias contar." *Mas este agora quer-me dizer como é que eu devo viver a minha vida ou quê? Raça do miúdo* Ar confuso -"Porquê?" -"Oh, quanto mais tempo passa. Para não os andares a enganar." *Mas eu lá ando a enganar alguém! Deves mesmo saber alguma coisa da minha vida. Tadito!* Volta a repetir o -"Não te preocupes, não conto a ninguém" e faz o gesto do silêncio levando os dedos aos lábios, ri-se. Eu sorrio e afasto-me. Só não fugi porque me ficava mal.
Ah! para quem, como eu, não sabe: o tal gesto da paz quer dizer que é bi, soube isto no dia seguinte. Disse-me, novamente, que não me tinha de preocupar e perguntou-me se me lembrava da conversa do dia anterior ao qual eu respondi -"Sim." -"Então isto (faz novamente o tal gesto da paz, mas desta vez mais perto da boca) quer dizer Mi." Eu-"Mi!?" -"Sim, não sabes o que é?" *Realmente, apesar de estar cansado de que tu me aches idiota, não sei. Mi!? Mas será que a criatura quer dizer Minete? * -"É minete?" Mas ele não ouviu, apenas viu a minha cara que expressava confusão. Eu -"Ah! Bi!" *Who cares?* -"Sim, eu sou bi... Mas não te preocupes, não conto mesmo nada a ninguém." -"Okay, tudo bem." Fiquei também a saber, no dia seguinte, que o moço namora porque uma rapariga lhe perguntou se aquele anel era de comprometido e ele respondeu -"Sim." Que namorava com não sei quem da turma e a rapariga lá lhe disse que o tinha de estimar bem. Ou seja, namora, eu disse-lhe também que namorava e ele queria curtir comigo na mesma. *Deus me livre e guarde de tal sorte. Credo!*
Conclusão: As coisas que me "encanitam" nesta história são: a falta de decoro social, o desplante de um jovem de 15 anos. O facto de, mesmo depois de eu lhe ter dito que tinha namorado, me perguntar explicitamente se eu não queria curtir com ele, agravante o facto de também namorar. O facto de achar que me conhecia e que podia tirar ilações da minha vida e de como devo vivê-la. Devido ao facto de eu não falar abertamente da minha esfera homossexual com ele levou isso como sendo timidez e que devo ser, no fundo, uma grande bicha armariada. Mas eu agora tenho de falar da minha vida com gente que não quero? E também não gosto que ele pense que agora partilhamos um grande e especial segredo, porquê não o é.
Mas onde para a boa educação desta gente? O respeito pelo outro? E por si, diga-se de passagem. Eu alguma vez, namorando, ia curtir com um estranho? Se esse estranho namorasse então... Outra que não gostei: depois de me ter perguntado quando voltava a trabalhar e de lhe ter respondido -"Ah. vais ficar cheio de saudades minhas" (ou algo do género) ao que eu respondi com um tom irónico -"Claramente!" -"Claramente (repete). Agora já pareceste [o que eu estudo]... Sou muito chato não sou? As pessoas queixam-se. Já estás farto de mim?" E eu rio-me...


Legenda:*(Pensamentos)*

Como diz a minha mãe: «Cresce e aparece!».

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Um bom momento

Hoje tive um belo momento. Estava a levar uma amiga ao barco, ali no terreiro, quando ouvimos uma guitarra e ela me pergunta - "Conheces esta música" - "Sim, conheço." *Claro* e lá nos fomos aproximando do Caís das Colunas (a cantar)
Estava sol, aquela vista maravilhosa, o Tejo, a luz e esta música dedilhada de uma forma mais lenta. Foi um bom momento. Que as tristezas não pagam dívidas e o Inverno está a ir embora.



quarta-feira, 16 de abril de 2014

Aparece-me com cada um

Ontem aconteceu-me um episódio e eu pensei logo *Isto vai tãooo parar ao blog*, mas não estou com grande vontade de escrever portanto não sei como vai sair, deixe-mo-nos ir no percursor sombrio.
Introdução: A minha vida está compartimentada em várias esferas, como acredito a de toda a gente. E estas estão muito bem definidas e organizadas para mim e não se misturam todas umas com as outras. É a família, a faculdade, os amigos, o blog, o ser homossexual, a música, a fotografia, o cinema, a aldeia, Lisboa, etc. e tal. E estas esferas não se tocam todas umas com as outras, i.e., a família (ainda) não toca com a esfera homossexual, ou a do blog (a minha mãe a ler as coisas que escrevo por aqui seria qualquer coisa), por exemplo, e a esfera dos amigos toca com a da faculdade, alguns deles com o blog, por aí fora. Há também uma espécie de trabalho que tenho e é algo que vou fazendo muito de vez em quando e que, por isso mesmo, tem a sua esfera própria, pequena e separada das outras. Ninguém ali adivinha qual é o meu background, modéstia à parte, graças à atitude que ali tenho, e quando digo o que faço, o que estudei e estudo, surpreendem-se. Nenhuma destas esferas me define maioritariamente, como acredito assim seja com toda a gente. E penso que não exista ninguém, para além de mim (mas eu sou o universo e o acesso total central ao e do mundo), que conheça todas as minhas esferas de forma directa. Basicamente, é aquela coisa adolescente de que ninguém me conhece verdadeiramente para além de mim. E eu não gosto que essas esferas se encontrem a não ser quando eu quero, quando faz sentido para mim. Gosto muito do facto de não haver ninguém que conheça toda a minha vida, pronto.
Avançando: Ontem lá fui ao tal trabalho, que vou fazendo muito de vez em quando (vêem como a esfera do trabalho não toca aqui a esfera do blog?), e andava por lá um moço que, falando depressa e bem, como uma das meninas com quem estava a travar uma relação de companheirismo disse: "Há gente muito chata". O moço não tem qualquer tipo de decoro social (e é uma coisa que eu acho tão importante), mas pronto tem 15 anos, estava com um grupo de amigos, pode fazer figuras e falar muito alto...  Tudo bem. O problema é quando o miúdo de 15 anos se faz a mim. Com uma conversa tão explícita que eu só pensei *Eu com 15 anos nunca na minha vida faria isto, nem sequer agora com 21 anos de idade. Esta gente tem a escola toda muito cedo. No me gusta* e ainda para mais numa situação de trabalho. A minha esfera homossexual estava a entrar na minha esfera do trabalho e não me parece nada bem, essa esfera não me define. Mas vamos lá à situação e a ver se eu explico isto com graça que é a única maneira de olhar para as coisas.
Situação: O moço senta-se perto de mim (ao meu lado) e das meninas com quem estava a travar uma relação de companheirismo por estarmos ali (foi a primeira vez que as vi e que falei com elas), e começa -"Que idade têm?" lá respondemos todos. [Ah, deixem-me salientar que quando eu não gosto das coisas não ligo nenhuma de forma activa. Portanto este episódio está cheio de falhas na minha mente. Outra coisa que faço é dizer que não a tudo, perguntar sempre "Hum?" de forma a que repitam a pergunta. Isto tudo para ver se a coisa morre ali, mas não foi o que aconteceu neste caso]. E o moço diz que tem 15 anos. Depois lá nos pergunta os nomes *Ou terá sido ao contrário? Anyway*... Depois, não sei como nem porquê (foi porque nos virámos para outro lado de forma a tentar evitar o moço) começa a falar para mim em sussurro -"Olha, tu jogas noutra equipa, não é?" *Ham!? WTF!? Que péssima maneira de começar moço, deixa-me já dizer-te. Ai a minha vida, já não estou a gostar do rumo disto. Oh god, why? Faz de conta que não percebes, assim o moço percebe que não deves ser gay, uma vez que não percebeste o que é a pergunta* -"Desculpa, o quê?" -"Se jogas noutra equipa?" *Jogo noutra equipa? A sério? Responde que és do benfica...* -"Se jogo noutra equipa... Como assim?" Aqui o moço começa numa luta interna a pensar como deve fazer para transmitir a ideia que ele quer. -"Não estás a perceber a minha pergunta?" *Toda a gente percebe a tua pergunta meu caro, não estou é interessado em responder a essa pergunta, nem a ter esse tipo de conversa contigo. Coloca um ar confuso, encolhe os ombros, és tão tótó da aldeia, tão inocente, que não sabes nada desta vida* -"Não..." respondo. O moço ajeita-se, percebem-se as engrenagens cerebrais num conflito de, digo ou não digo? Este tipo está é a gozar comigo. *Vá-la, esquece o assunto. Esquece o assunto, se eu te disse que não percebo é porque não sei do que estás a falar, logo não sou gay...* -"Do que é que gostas?" *Ai, a minha vida. O que vale é que a esta já tenho resposta pronta. Ar confuso* -"Em relação a que?". Mais engrenagens a trabalhar -"Então... Do que é que gostas... És gay?" *Pronto, foi directo. Mente! Não vou mentir, não é algo que precise de ser desmentido, não é nada de errado ser gay. Mas não quero ter esta conversa, o tipo está a atirar-se a mim. Meu Deus, só tem 15 anos. Eu com 15 anos estava no meu cantinho... Minto ou não?*

E pronto, o post vai longo. E hoje vou trabalhar outra vez, tenho de me ir preparar para não chegar atrasado. O moço também vai hoje. Portanto, cheira-me que para além da continuação deste post e desta situação, vou ter a situação de hoje...

Legenda:*(Pensamentos)*

terça-feira, 15 de abril de 2014

Isto de não ter um mais que tudo...

 

É uma chatice. Devia ir dormir, mas não me apetece ir sozinho.
Uma pessoa a querer dormir acompanhado e não pode... Isto do Dionisíaco e da Primavera é tramado.


(Este GIF dá para tudo)

domingo, 13 de abril de 2014

Diz que é dia do beijo


Divirtam-se, que ainda vão a tempo de comemorar este dia.

Pelo menos quem pode

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Too Much Information XI - O amor anda no ar

Vou responder, pela primeira vez, ao desafio das TMI Questions, que chegam até mim (nós) através dos Coelhos. (Ela tarda, mas chega.)

1- Quem foi a primeira pessoa a dizer "Amo-te"? (A mãe não conta!)
Hmm... Foi o meu primeiro namorado.

2- Quem foi a primeira pessoa a quem disseste "Amo-te"?
Foi também ao meu primeiro namorado. :)

3- Amor à primeira vista ou um amor que vai crescendo?
Paixão à primeira vista, o Za Za Zu, e depois um amor (seja lá o que for) que vai crescendo.

4- Quem foi aquela paixão que de repente desapareceu?
Porque não há (amor) paixão como a primeira: AQUI.

5- Um único amor de uma vida, ou mais do que um?
Pois, espero no fim da minha vida poder responder (de forma feliz). Mas será a minha resposta, certamente, cada um terá a sua e parecem-me ambas válidas. Ainda não vivi o suficiente para poder responder com certeza.

6- Alguma vez te arrependeste de dizer "Amo-te"?
Não. Nunca o disse por dizer.

7- As músicas românticas são tolas?
São, claro! Mas e depois? Tudo faz parte da vida e essa disposição é qualquer coisa de maravilhosa. Especialmente quando somos retribuídos de igual forma.

8- Qual é a tua música romântica favorita?
Ui, vai variando. Acho que não tenho nenhuma música favorita...

9- És romântico?
Não, nada. Isto é, no trato, com o mais que tudo, acho que sim, dar miminhos, abracinhos, beijinhos (e miminhos outra vez) e cuddle, etc... Sim, penso que sim. Agora, fazer coisas românticas já nem por isso. Pelo menos, nunca o fiz até agora. Não me parece que tenha jeito algum. Sou muito mau namorado nisso. Por exemplo, o meu primeiro namorado escreveu-me uma carta de amor (a única da minha vida, pelo menos até agora) e eu não retribui. E até que gosto que me façam coisas românticas, desde que não sejam altamente pirosas e sejam engraçadas. (De vez em quando desce em mim uma mariquita pirosa.)

BÓNUS
Alguma vez disseste "Amo-te!" no calor do sexo? Isso conta?
Não, acho que não. Se conta? Claro que conta, deve ser como quando estamos bêbedos (não sei, que nunca estive bêbado) e ao que parece dizemos mais verdades. E conta pelo menos por ser aquele momento, naquele momento.

terça-feira, 8 de abril de 2014

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Desabafo da bicha

Há coisas que não são para acontecer numa Faculdade. Aliás, em qualquer nível de ensino. Nem na minha Primária vivi isto. Custa ser sempre honesto, ter de lutar pelas minhas coisas, em todos os campos, e ser injustiçado. E custa ser santo numa terra de pecadores.
Pelo menos tenho a consciência limpa relativamente ao trabalho que fiz, não me vendi. Apesar de hoje, no fim, lhe ter apertado a mão e dizer "Obrigado, Professor" (Mas porquê é que eu havia de ser tão bem educado!? Mas já lavei as mãos...). Devia era ter mandado a criatura à merda com as letrinhas todas.
Da mesma maneira que há gente que não devia ser pai ou mãe, há gente que não devia ser docente. 
Como diz a minha mãe, depois de ter sido injustiçada de alguma forma:

"Não há um car*lho que não me f*da!".

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Pensamentos...


... às duas e meia da manhã por quem não consegue adormecer (eu)

Se Paris é a cidade das luzes, Lisboa é a cidade da luz...